ATENÇÃO MAMÃES: Como a educação infantil influencia na vida adulta do seu
filho
Ele pode não se lembrar, mas o impacto positivo das
brincadeiras, da contação de história e de outros estímulos na infância
persistirão por até 30 anos, refletindo em maior facilidade para construir uma
carreira
A, B, C... Independentemente da classe social, as famílias
querem sempre deixar uma herança comum aos filhos: uma boa educação. É claro
que o tema instiga a discussão sobre escolas caras, cursos de artes, música,
línguas, entre outros. Mas o foco do assunto é outro.
Um estudo da Universidade da Carolina do Norte utilizou as
mesmas letras que distinguem as classes sociais para mostrar que uma formação
educacional de qualidade independe da renda. Em 1972, o chamado projeto
Abecedário recrutou 111 crianças de famílias americanas de baixa renda, a
partir dos 4 meses de idade. O grupo foi acompanhado periodicamente, ao longo
de 30 anos, com o objetivo de entender como a educação infantil refletiria na
vida adulta em comparação com um grupo de controle.
Os principais resultados: os anos de escolaridade do time avaliado
somaram, em média, 13.46 anos, enquanto o grupo de controle contabilizou 12.31
anos. Aos 30 anos, os participantes da pesquisa tinham 4,6 vezes mais
probabilidades de obter diplomas universitários e 2 vezes mais chances de
conseguir um emprego, embora não tenham sido mensurados os impactos
socioeconômicos de uma graduação superior. A partir dessas constatações, os
cientistas foram buscar justificativas e as encontraram nos estímulos que esses
indivíduos receberam na educação infantil. Isso se traduz na participação dos
pais em brincadeiras simples, leitura de livros e outras atividades que
desafiavam a capacidade cognitiva dos filhos quando pequenos. Leia mais sobre o
papel dos pais no aprendizado infantil.
“Estimule seu filho com brincadeiras instrutivas,
converse com ele”
A formação das principais características da personalidade
da criança acontece nos três primeiros anos de vida. “É quando ela começa a
aprender sobre o mundo”, diz Elizabeth Pungello, co-autora do estudo. “Nessa
fase, o desenvolvimento do cérebro está em pleno vapor. É uma boa oportunidade
para os adultos o estimularem de maneira lúdica, divertida, ou seja, contarem
histórias adequadas à idade, levarem as crianças ao mercado, dando explicações
sobre os itens que compram”, exemplifica. Saiba outras informações sobre
estímulos e desenvolvimento.
De acordo com a cientista, essa bagagem permitirá que a
criança identifique, quando crescer, as melhores oportunidades para ela. Nos
primeiros anos de vida, destaca-se o desenvolvimento da autorregulação de
competências. Em outras palavras, o pequeno aprende a focar a atenção em
questões importantes, adquire comportamentos de controle e habilidades de
comunicação.
Vale ressaltar que, nos casos estudados, as crianças
frequentavam escolas que as reuniam em pequenos grupos. “É melhor procurar
instituições de ensino em que os professores sejam responsáveis por um número
menor de alunos”, aconselha a pedagoga Rosa Coelho, que trabalhou durante 30
nas redes públicas de São Paulo, com características semelhantes às da pesquisa
americana. “Turmas muito grandes não permitem que os professores dediquem a
devida atenção aos pequenos, desenvolvendo atividades criativas.”, justifica.
Em casa, os pais também podem contribuir para o
desenvolvimento, com alguns recursos simples . “Estimule seu filho com
brincadeiras instrutivas, converse com ele”, diz Rosa.
Por fim, “nunca empregue
aquele linguajar infantilizado para se igualar ao bebê. Fale com ele
corretamente, para que ele se habitue à pronúncia da língua.”
Confira na imagem o desenvolvimento normal da fala e audição de uma criança:
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Fonte: Blog da Fonoaudióloga Dra. Roberta Pereira. |
Fonte: Bebe.com.br
Imagem: fonoaudiologarj.blogspot.com.b.br