Os Deveres dos Maridos
Tanto o homem como a mulher receberam de Deus atribuições
para a vida familiar – algumas iguais, algumas diferentes. Por exemplo, ao
criar a mulher para ser uma ajudadora do seu marido (Gn 2.18), o Pai Celeste
definiu o papel do homem como cabeça (ou governo) do lar; e é justamente por
este aspecto que queremos começar abordando os deveres do marido.
Também encontramos nas Escrituras ordens claras sobre a
responsabilidade do marido de amar (honrar) sua esposa (Ef 5.25) e, o que
separamos como um papel ainda distinto, ser amante (físico) de sua mulher (1 Co
7.3-5). Entendemos ainda que, quando criou o homem e o estabeleceu no Éden, o
Senhor deu-lhe duas distintas funções: lavrar e guardar o jardim (Gn 2.15).
Logo, mesmo antes de criar a mulher e estabelecer a família (que já existiam em
seu propósito eterno), o Criador definiu o papel do homem como provedor e
protetor de sua futura família.
Portanto, os cinco principais deveres do marido – de procurar
agradar e fazer feliz sua mulher, são:
1. Ser o cabeça do lar;
2. Amar sua esposa;
3. Ser amante (sexual) de sua esposa;
4. Ser provedor;
5. Ser protetor.
O MARIDO DEVE SER O CABEÇA DO LAR
Alguns homens, erroneamente interpretam sua função de cabeça
do lar como uma posição em que os outros (principalmente sua própria esposa)
devem reconhecê-lo. Mas quando falamos dos deveres dos maridos, queremos
enfatizar o papel que ele, o homem da casa, deve cumprir.
É lógico que parte dos deveres da esposa é reconhecer e
submeter-se a esta posição do marido, mas há alguns homens que querem que
outros reconheçam neles um encargo que eles mesmo nunca assumiram! A
negligência de muitos esposos “empurram” suas mulheres a assumirem deveres e
funções que não pertencem a elas, e no fim muitos deles ainda reclamam de
alguém ter “usurpado” sua posição! Portanto, repito, o propósito deste ensino é
ajudar os maridos a entenderem o que eles precisam fazer quanto à
responsabilidade de governo que lhes foi dada pelo Senhor.
“Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo
homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo”. (1 Coríntios
11.3)
A importância do assunto é destacada na expressão usada pelo
apóstolo: “quero que saibais que”… Não podemos ignorar os princípios divinos
para o funcionamento da família! E um deles é o homem como governo de seu lar:
“Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é
o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo”. (Efésios 5.23)
É claro que assumir a função de cabeça do lar também exigirá
que o marido venha a saber COMO fazer isto. Falaremos sobre esta questão depois
de definir qual é o nível de autoridade que o Senhor determinou que o homem
exercesse em sua própria casa.
Qual é a autoridade do marido sobre a sua esposa?
Há uma verdade bíblica que tem sido pouco compreendida por
muitos casais cristãos. Trata-se da questão da autoridade do homem sobre sua
própria casa, começando pela relação marido e mulher (este é o primeiro nível
vivido antes – e depois – da chegada dos filhos). A Palavra de Deus nos mostra
claramente que a mulher, enquanto na condição de filha, estava sob a autoridade
de seu pai. Esta autoridade dava ao pai o direito de validar (ou não) o voto
que sua filha fazia ao Senhor:
“Falou Moisés aos cabeças das tribos dos filhos de Israel,
dizendo: Esta é a palavra que o Senhor ordenou: Quando um homem fizer voto ao
Senhor ou juramento para obrigar-se a alguma abstinência, não violará a sua
palavra; segundo tudo o que prometeu, fará. Quando, porém, uma mulher fizer
voto ao Senhor ou se obrigar a alguma abstinência, estando em casa de seu pai,
na sua mocidade, e seu pai, sabendo do voto e da abstinência a que ela se
obrigou, calar-se para com ela, todos os seus votos serão válidos; terá de
observar toda a abstinência a que se obrigou. Mas, se o pai, no dia em que tal
souber, o desaprovar, não será válido nenhum dos votos dela, nem lhe será
preciso observar a abstinência a que se obrigou; o Senhor lhe perdoará, porque
o pai dela a isso se opôs”. (Números 30.1-5)
Agora perceba, na continuação da instrução divina sobre a
questão dos votos, no texto bíblico, que o homem, ao casar-se, assume diante de
Deus exatamente a mesma autoridade que o pai tinha sobre sua filha quando esta
ainda vivia, como solteira, em sua casa. Ao casar-se, o marido passava então a
ter a mesma autoridade de validar (ou não) os votos de sua esposa:
“Porém, se ela se casar, ainda sob seus votos ou dito
irrefletido dos seus lábios, com que a si mesma se obrigou, e seu marido,
ouvindo-o, calar-se para com ela no dia em que o ouvir, serão válidos os votos
dela, e lhe será preciso observar a abstinência a que se obrigou. Mas, se seu
marido o desaprovar no dia em que o ouvir e anular o voto que estava sobre ela,
como também o dito irrefletido dos seus lábios, com que a si mesma se obrigou,
o Senhor lho perdoará. No tocante ao voto da viúva ou da divorciada, tudo com
que se obrigar lhe será válido. Porém, se fez voto na casa de seu marido ou com
juramento se obrigou a alguma abstinência e seu marido o soube, e se calou para
com ela, e lho não desaprovou, todos os votos dela serão válidos; e lhe será
preciso observar toda a abstinência a que a si mesma se obrigou. Porém, se seu
marido lhos anulou no dia em que o soube, tudo quanto saiu dos lábios dela,
quer dos seus votos, quer da abstinência a que a si mesma se obrigou, não será
válido; seu marido lhos anulou, e o Senhor perdoará a ela. Todo voto e todo
juramento com que ela se obrigou, para afligir a sua alma, seu marido pode
confirmar ou anular. Porém, se seu marido, dia após dia, se calar para com ela,
então, confirma todos os votos dela e tudo aquilo a que ela se obrigou,
porquanto se calou para com ela no dia em que o soube. Porém, se lhos anular
depois de os ter ouvido, responderá pela obrigação dela.”. (Números 30.6-15)
Num dia destes, depois de realizar uma cerimônia de
casamento, minha filha Lissa, com apenas nove anos na ocasião, perguntou-me
porque que, em nossa cultura, é o pai que entra com a noiva para entregá-la ao
noivo. Respondi a ela que o casamento é o momento em que os filhos deixam pai e
mãe para unirem-se através da aliança matrimonial e formarem sua própria
família. Também aproveitei para ensinar a ela que, no momento em que o pai está
entregando sua filha ao noivo, a autoridade que o pai tinha sobre sua filha
está sendo transferida ao marido. Estas verdades não precisam ser ensinadas
somente aos maridos (e depois do casamento); deveríamos ensinar isto aos nossos
filhos desde a infância, preparando-os para o relacionamento mais importante
que um dia virão a ter.
Quando as mulheres ouvem falar de submissão ao marido só
depois de serem adultas, provavelmente vão reagir de forma contrária ao
conceito que parece ser de domínio ou controle, quando na verdade retrata
proteção. A Lissa sabe que ter um pai que é seu protetor, provedor, líder e que
não abusa da autoridade que tem é uma grande bênção! E desde sua infância ela
está sendo preparada para que um dia esta autoridade (abençoadora e
não-abusiva) do pai seja transferida ao seu marido na ocasião do casamento.
Autoridade x Autoritarismo
A Bíblia faz uma clara distinção entre a autoridade e o
autoritarismo, que podemos definir como sendo o uso errado (ou abuso) da autoridade.
Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, autoritário é alguém “que se
firma numa autoridade forte, ditatorial; dominador, impositivo”.
Assim como Deus é o cabeça de Cristo e Cristo o cabeça do
homem (1 Co 11.3), com o exercício de uma autoridade abençoadora e não
dominadora ou ditatorial, assim também deve ser o exercício da autoridade do
marido no lar. O Senhor Jesus ensinou-nos que os valores do Reino de Deus são
diferentes dos valores deste sistema mundano e dos da nossa inclinação carnal.
Ele claramente advertiu-nos a não buscar dominar aos outros e nem tampouco
usarmos de autoridade para sermos servidos; pelo contrário, Ele nos ensinou a
exercer uma liderança servidora:
“Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis
que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e
sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo
contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e
quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho
do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate
por muitos”. (Marcos 10.42-45)
Portanto, o principal papel do homem como cabeça do lar é
servir sua mulher (e depois – e também – aos seus filhos). Claro que isto
envolve dar direção e tomar decisões, só não envolve abuso, tirania e falta de
respeito. Quando Pedro escreveu aos presbíteros, que eram os líderes
responsáveis pelo governo das igrejas locais (1 Tm 5.17), mostrou como deveriam
exercer a autoridade que Deus lhes confiou:
“Nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes,
tornando-vos modelos do rebanho”. (1 Pedro 5.3)
Governar não é dominar, é conduzir por meio de respeito (não
de mera imposição). Alguns maridos não entendem a posição dada por Deus à
mulher de ajudadora (falaremos mais sobre isso adiante) e agem como se elas não
devessem dar opinião alguma sobre nada. A verdade é que o homem deve aprender a
ouvir sua esposa e que, o próprio Deus, certa ocasião teve que orientar a
Abraão, o pai da fé, a fazer isso:
“ Disse, porém, Deus a Abraão: Não te pareça isso mal por
causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara em tudo o que ela te
disser; porque por Isaque será chamada a tua descendência”. (Gênesis 21.12)
Se ser o cabeça do lar envolvesse tomar decisões sozinho,
sem consultar a esposa, Deus jamais teria trazido esta orientação! Falaremos
mais sobre isto ao falar dos deveres das esposas, que envolve ser uma
ajudadora.
"O chefe de família deve conduzir sua casa no temor do Senhor.
Isto não é missão apenas de um candidato ao ministério,
mas de todo cristão!"
O governo espiritual do lar
Ser o cabeça do lar envolve conduzir não apenas as questões
naturais da vida familiar, mas também (e principalmente) o governo espiritual
do lar. Ao falar sobre as qualificações necessárias para quem deseja o
episcopado, o apóstolo Paulo fala sobre a importância de, antes de desejar
governar a casa de Deus, governar bem a própria casa:
“E que governe bem a própria casa, criando os filhos sob
disciplina, com todo o respeito pois, se alguém não sabe governar a própria
casa, como cuidará da igreja de Deus?”. (1 Timóteo 3.3,4)
Ao dar as mesmas orientações a Tito, o apóstolo deixa claro
que os filhos não devem apenas ser bem educados por seus pais, mas devem ser
crentes! Esta característica revela uma família que é governada
espiritualmente:
“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em
ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros,
conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher,
que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são
insubordinados”. (Tito 1.5,6)
O chefe de família deve conduzir sua casa no temor do
Senhor. Isto não é missão apenas de um candidato ao ministério, mas de todo
cristão! Porque o ministro deve servir de exemplo, dele é requerido o modelo
que os demais cristãos devem seguir (1 Tm 4.11). Preparei um capítulo, dentro
desta seção, intitulado “A Vida Espiritual da Família”, onde detalho esta
questão do governo espiritual do lar. Portanto, aqui faremos apenas menção
deste aspecto do dever do marido de governar, também no quesito espiritual, a
sua família.
O “espírito de Jezabel”
Há um espírito (leia-se “atitude” ou “comportamento” –
embora eu creia que há, de fato, um espírito maligno que instiga esta forma de
agir) que tem trazido muita destruição nos matrimônios – e também nas igrejas –
que quero chamar de “espírito de Jezabel”.
A razão de assim denominá-lo é porque vejo que, na carta à
igreja de Tiatira, o próprio Senhor Jesus também o fez. Na carta à igreja de
Pérgamo ele menciona o conselho de Balaão (Ap 2.14) e o quanto isto foi nocivo
a Israel. Ao referir-se a esta mulher como Jezabel, penso que Ele não falava de
seu nome literal, mas de como a sua atitude reproduzia o comportamento de uma
das mais abomináveis personagens na narrativa bíblica.
“Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher,
Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda
seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas
sacrificadas aos ídolos”. (Apocalipse 2.20)
Jezabel, na Bíblia, é um “modelo” que não deve ser seguido –
tanto na questão do governo do lar como na vida espiritual:
“Ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o
que era mau perante o Senhor, porque Jezabel, sua mulher, o instigava”. (1 Reis
21.25)
O rei Acabe, do ponto de vista espiritual, foi um dos piores
reis que Israel teve. Mas ninguém conseguiu ser pior do que ele em algo: “se
vender para fazer o que era mau perante o Senhor”. Entendo, com esta expressão
“se vender” que Acabe tinha valores que sabia que estava rompendo. Ele não
estava apenas na ignorância e cegueira espiritual. Acabe se vendeu diante da
pressão de Jezabel e de suas propostas. Ela, além de dominante, era
manipuladora. Basta ver o ocorrido no assassinato de Nabote:
“Então Acabe veio para sua casa, desgostoso e indignado, por
causa da palavra que Nabote, o jizreelita, lhe falara; pois este lhe dissera:
Não te darei a herança de meus pais. Tendo-se deitado na sua cama, virou a
rosto, e não quis comer. Mas, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Por
que está o teu espírito tão desgostoso que não queres comer? Ele lhe respondeu:
Porque falei a Nabote, o jizreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por
dinheiro; ou, se te apraz, te darei outra vinha em seu lugar. Ele, porém,
disse: Não te darei a minha vinha. Ao que Jezabel, sua mulher, lhe disse:
Governas tu agora no reino de Israel? Levanta-te, come, e alegre-se o teu
coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jizreelita.” (1 Reis 21.4-7)
Na verdade, há momentos em que Acabe parecia um menino
mimado e Jezabel age como se fosse sua mãe. A pergunta que ela faz “Governas tu
agora no reino de Israel?” significa mais ou menos o seguinte: “quem é que
manda aqui? Nabote ou você?”. Mas a atitude dela de resolver a situação
expressa a seguinte mensagem: “se você não é homem para resolver isto, deixa
que eu faço isto por você”… E 1 Reis 21.8-14 narra como Jezabel ordena que um
falso testemunho seja levantado contra Nabote para que ele seja apedrejado e,
depois de morto, sua vinha fosse confiscada. Jezabel é o exemplo de uma mulher
dominante, manipuladora e instigadora que controlou a vida de seu marido,
levando-o para longe de Deus e de Sua Palavra.
Não se deixar manipular
Apesar de inicialmente falar de uma mulher específica,
Jezabel, a abordagem bíblica sempre foi clara no sentido de que o homem tome
cuidado e não se deixe manipular por mulher alguma. A mulher não precisa gritar
ou tentar convencer o homem a fazer algo à força. Não creio que Eva precisou de
nada disto para convencer Adão a comer do fruto proibido. As mulheres tem seu
charme, suas habilidades de persuasão e influência e, várias vezes vemos
exemplos disto na narrativa bíblica:
“Para que não faças aliança com os moradores da terra; não
suceda que, em se prostituindo eles com os deuses e lhes sacrificando, alguém
te convide, e comas dos seus sacrifícios e tomes mulheres das suas filhas para
os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com seus deuses, façam que
também os teus filhos se prostituam com seus deuses”. (Êxodo 34.15,16)
O Senhor Deus trouxe estas advertências porque sabia muito
bem que isto iria acontecer. Como ocorreu várias vezes na história de Israel; o
exemplo clássico se deu sob o o que é chamado de “o conselho de Balaão” (Nm
31.16):
“Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se
com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus
deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas”. (Números 25.1,2)
Podemos olhar para a vida de Sansão e perceber que, embora
homem algum pudesse “dobrá-lo” à força, as mulheres faziam isto com uma simples
frase de chantagem emocional: “Ah, você não me ama! Se me amasse não faria
assim”… Veja o exemplo do ocorrido, primeiro com a mulher filistéia com a qual
ele se casou e, depois, com Dalila:
“Ao sétimo dia, disseram à mulher de Sansão: Persuade a teu
marido que nos declare o enigma, para que não queimemos a ti e a casa de teu
pai. Convidastes-nos para vos apossardes do que é nosso, não é assim? A mulher
de Sansão chorou diante dele e disse: Tão-somente me aborreces e não me amas;
pois deste aos meus patrícios um enigma a decifrar e ainda não mo declaraste a
mim. E ele lhe disse: Nem a meu pai nem a minha mãe o declarei e to declararia
a ti? Ela chorava diante dele os sete dias em que celebravam as bodas; ao
sétimo dia, lhe declarou, porquanto o importunava; então, ela declarou o enigma
aos seus patrícios”. (Juízes 14.15-17)
“Então, ela lhe disse: Como dizes que me amas, se não está
comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim e ainda não me declaraste
em que consiste a tua grande força. Importunando-o ela todos os dias com as
suas palavras e molestando-o, apoderou-se da alma dele uma impaciência de
matar. Descobriu-lhe todo o coração e lhe disse: Nunca subiu navalha à minha
cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe; se vier a ser
rapado, ir-se-á de mim a minha força, e me enfraquecerei e serei como qualquer
outro homem”. (Juízes 16.15-17)
A frase “se você me amasse não agiria assim” teve mais força
sobre Sansão do que toda força física que o Senhor pudesse ter manifestado em
sua vida. O homem tem o dever primário de assumir o governo do lar sem se
deixar ser manipulado. É lógico que, parte da função de ajudadora da mulher é
auxiliar o marido a tomar decisões com bons conselhos. Mas toda tentativa de
controle e manipulação deve ser firmemente resistida!
O HOMEM DEVE AMAR A SUA ESPOSA
O primeiro conceito que quero abordar aqui é que amar é mais
do que sentir algo. É decidir doar-se! Se o amor (em especial o conjugal) fosse
algo meramente espontâneo – como é o conceito de paixão que muitos possuem –
não haveria a necessidade de recebermos uma ordem divina acerca de amar a
esposa. Se Deus ordenou (e então somos obrigados a obedecer) amar é porque
podemos fazer isto por escolha, por decisão. Gosto de uma declaração de John
Stott que exprime bem isto: “O amor cristão não é vítima de nossas emoções, mas
servo de nossa vontade."
Continua...
Autor: Luciano Subirá
Para poder entender a visão geral dos deveres dos cônjuges, estaremos divulgando os seguintes posts nas próxima semanas:
. Os Deveres dos Maridos (Parte 2)
. Os Deveres das Mulheres