segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Para Edificar - As implicações práticas de ser um cristão - parte 1



As implicações práticas de ser um cristão - parte 1

Referência: 1 João 1:5-2:1-2

Foto: Google Imagem

INTRODUÇÃO

Lloyd John Ogilvie narra sua experiência de estar no cais do porto de Los Ângeles. Os guindastes gigantescos levantavam os caixotes de mercadoria do navio e abaixavam-nos no cais. Nas caixas estava escrito em letras grandes: "Se este lado estiver para cima, a caixa está de cabeça para baixo." Se este lado estiver para cima, esta vida está de cabeça para baixo. Como você pode saber que a sua vida está com o lado certo para cima? Como você pode saber que está realizando o propósito para o qual Deus o criou?

Deus criou você para a intimidade com Deus. Deus criou você para ser sincero com ele. Deus criou você para ter comunhão com os outros irmãos. Deus criou você para que você imite a Jesus.

Esses propósitos podem ser adulterados pelo pecado.

Diante das heresias do Gnosticismo que se infiltravam na igreja, o apóstolo João precisa definir com clareza quem é Deus e quais são as implicações práticas de ser um cristão.

1. Deus é luz e não há nele treva nenhuma

O caráter de uma pessoa é determinado pelo caráter do Deus a quem ela adora. Por isso João começa descrevendo a natureza de Deus.

a) É da natureza de Deus revelar-se, como a propriedade da luz é brilhar.

b) Deus é luz também no sentido de possuir perfeição moral absoluta: A pureza e a santidade de Deus.

c) Deus é luz no sentido de que nada pode ficar oculto aos seus olhos.

d) Deus é luz no sentido de ser justo (Ef 5:8-14; Rm 13:11-14; 1 Ts 5:4-8).

e) Deus como luz guia no caminho reto. O efeito da luz não é apenas fazer ver aos homens, mas capacitá-los a andar. Conduta reta, não apenas visão clara é o benefício que a luz proporciona.

2. As heresias que invadiram a igreja e suas implicações práticas

A simetria dos sete versículos é evidente: Primeiro, ele introduz o ensino falso com as palavras, se dissermos. Segundo, ele o contradiz com um equívoco, mentimos, ou expressão parecida. Finalmente, faz uma afirmação positiva e verdadeira correspondente ao erro que refutou, se porém nós., embora no último dos três versos o término seja diferente(1:7; 1:9; 2:1).

2.1. A primeira heresia é a afirmação de que temos comunhão com Deus, embora ao mesmo tempo "andamos" nas trevas - 1:6-7

Andar na luz é andar com sinceridade, ou seja, não esconder nada.

RESULTADOS: 1) Mantemos comunhão uns com os outros; 2) O sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado - Deus faz mais que perdoar, ele apaga a mancha do pecado.

2.2. A segunda heresia é a afirmação de que não temos pecado - 1:8-9

A primeira heresia era de que o pecado não nos afasta da comunhão com Deus.

A segunda heresia é pior, porque ela nega a própria existência do pecado.

A atitude correta não é negar o pecado, mas admiti-lo e confessá-lo.

O RESULTADO: Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar.

2.3. A terceira heresia é a negação de que o crente seja susceptível ao pecado - 1:10-2:1

Dizer que não cometemos pecado não apenas é uma deliberada mentira (v.6), ou ser iludido (v. 8), mas realmente é acusar a Deus de mentir (v.10).

O propósito de João é impedir o pecado e não desculpá-lo (2:1).

João faz isso 1) Negativamente - "para que não pequeis" e 2) Positivamente - "Se, todavia, alguém pecar."

A provisão de Deus é: 1) Jesus como nosso Advogado; 2) Jesus como nossa Propiciação.

A provisão do Pai para o crente que peca está em Seu Filho, que possui tríplice qualificação: 1) Seu caráter justo; 2) Sua morte propiciatória; 3) Sua advocacia celestial (Vida - Morte - Ascensão).

Quais são as implicações de ser um cristão? Existe um contraste nesse texto entre O FALAR E O FAZER. Esse texto nos ensina a como lidar com a questão do pecado:


I. NÓS PODEMOS TENTAR ENCOBRIR OS NOSSOS PECADOS - V. 5-6,8,10

1. Como um crente pode tentar encobrir os seus pecados? Falando Mentira!

a) Falando mentira para os outros - 1:6 - Nós desejamos que os nossos irmãos pensem que nós somos espirituais; então, mentimos sobre as nossas vidas e tentamos em dar uma boa impressão para impressioná-los. Nós desejamos que eles pensem que estamos andando na luz, embora, na realidade, estejamos andando nas trevas.

b) Mentindo para nós mesmos - 1:8 - O problema agora não é enganar os outros, mas enganar-nos a nós mesmos. É possível para um crente viver em pecado e convencer-se a si mesmo que está tudo bem com ele. Exemplo: Davi - escondeu o seu pecado.

c) Tentar mentir para Deus - 1:10 - O pecado pode nos fazer mentir para os outros, mentir para nós mesmos e mentir para Deus, além de tentar fazer Deus mentiroso. Como? Nós contradizemos sua Palavra. Nós aplicamos a sua Palavra para os outros, mas não para nós mesmos. Nós nos assentamos na igreja e ouvimos a Palavra, mas nós somos tocados por ela.

d) Um crente pode mentir sobre sua comunhão (1:6), sobre sua natureza (1:8) e sobre suas ações (1:10).

2. O que um crente que tenta encobrir os seus pecados perde?

a) Ele perde a Palavra de Deus - Ele deixa de praticar a Palavra (1:6), logo, a verdade deixa de estar nele (1:8) e finalmente, ele torna a verdade em mentira (1:10).

b) Ele perde a comunhão com Deus e com o seu povo - 1:6-7 - Como resultado, a oração se torna um rito vazio para ele. O culto uma rotina enfadonha. Ele se torna um crítico dos outros crentes e logo abandona a igreja (2 Co 6:14).

c) Ele perde o seu caráter - 2:4 - O processo começa em falar uma mentira e termina com a pessoa se tornando um mentiroso. Davi tentou encobrir o seu pecado às custas da sua comunhão com Deus, da sua saúde, da sua família, da sua alegria e mesmo do seu reino. Se nós queremos desfrutar da verdadeira vida, nós jamais poderemos encobrir os nossos pecados.

Autor: Hernandes Dias Lopes
Fonte: Amo Família
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