Seis perguntas e respostas sobre amamentação
Febre, dor e leite excedente durante a amamentação? Seus
problemas acabaram! Veja as nossas dicas
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Foto: Google Imagem |
Quanto tempo o leite demora para descer depois que o bebê
nasce?
Para a grande maioria das mulheres, a apojadura - descida do
leite, se dará entre o terceiro e quinto dia pós-parto. Antes disso, temos o
colostro, de coloração amarelada, pouco volume e maior densidade, rico em
proteínas e imunoglobulinas, conhecido como a primeira vacina do bebê. Alguns
fatores podem retardar a descida, tais como bebê que não mama nas primeiras
horas pós-parto, cesariana eletiva, disfunções hormonais, alterações emocionais
e estresse em função de um parto traumático.
Posso ter febre quando o leite desce?
Sim, algumas mulheres sentem a chamada "febre do
leite", assim como mal estar, torpor, sonolência e sensação de corpo
doído. São sintomas comuns e costumam regredir em até 48 horas, desde que o
bebê esteja mamando bem.
O que faço para evitar que o leite empedre?
O melhor a fazer é oferecer o seio em livre demanda ao bebê.
Assim, o leite será drenado e você evitará o acúmulo nos ductos. Usar soutiens
com boa sustentação e fazer massagens vigorosas antes das mamadas também evitam
edemas e facilitam a ejeção de leite. Além disso, sempre que sentir a aréola
mais endurecida, faça um pouco de ordenha manual e retire o leite acumulado
para facilitar a pega do bebê e o esvaziamento completo da mama.
Dor na amamentação é comum?
A grande maioria das mães sente desconforto no início da
amamentação, porém pouco se fala sobre essas dificuldades e porque elas
acontecem. Muitas mães deixam de amamentar ainda durante o primeiro mês de vida
do bebê, pois sentem dor, ardência e tem seus mamilos machucados durante as
mamadas. Amamentar não deve doer! Se está doendo é porque alguma coisa está
errada. Na maioria das vezes a dor acontece porque o bebê está mamando de forma
incorreta, seja com a boquinha muito fechada, com o corpo afastado da mãe ou
então pegando um seio muito cheio. As dicas de especialistas para evitar o
desconforto ao amamentar são: evitar oferecer o seio muito cheio, não marcar
hora para mamar e deixar o bebê se alimentar várias vezes ao dia, alternando as
posições (como bebê sentadinho ou até mesmo deitado ao lado na cama). Além
disso, é importante evitar o uso de mamadeiras e chupetas, que tem padrão de
sucção diferente e quando o bebê tenta reproduzir no seio, acaba por
machucá-lo.
Preciso voltar a trabalhar, como faço para continuar
alimentando meu filho com leite materno?
O segredo é estudar uma estratégia (e testá-la) por duas ou
três semanas antes de voltar às atividades. Entre as principais apostas: você
pode avaliar se vale a pena armazenar o leite em potes esterilizados, que pode
ser oferecido com o copinho aberto ou o copo de treinamento com válvula ao
bebê. Ou pode, conforme a cidade e a carreira, planejar paradinhas estratégicas
durante o expediente para ir até a sua casa para amamentar seu filho. Sem essa
adaptação gradual, o bebê pode estranhar a falta da presença da mãe ao receber
o leite de outra maneira ou rejeitar o peito, quando você desejar amamenta-lo.
Lembre-se é necessário paciência até que ele se acostume com as novas maneiras
de ser alimentado. A pessoa que cuidará dele também precisa ser orientada a
oferecer à refeição em um ambiente calmo e tranquilo. E, quando você retornar
do trabalho e for dar o peito ao pequeno, procure ficar em lugares que sempre o
amamentou.
Posso doar o leite materno excedente?
Não só pode, como estará fazendo um bem imenso! Se está
disponível para a ordenha, e tem exames e saúde em dia, pode doar seu leite
excedente para bebês que estão internados nas unidades atendidas pelos Bancos
de Leite Humano em todo o Brasil. São mais de 200 e você pode procurar o mais
próximo através do site da Rede BLH. Eles fazem as orientações iniciais a
respeito da higiene e fornecem recipientes para você ordenhar e congelar o
leite. Depois, ele será pasteurizado e oferecido aos prematuros em hospitais,
ou seja, seu leite salva vidas!